Firmada na crença de que o turismo é mais forte quando o trade está unido e trabalha junto, a Associação de Parques e Atrações da Serra Gaúcha (Apasg) vem atuando desde 2019 pelo setor e vive um momento de expansão. Diretor executivo da entidade, Rafael Carniel conta que a associação surgiu com o objetivo de criar um fórum que servisse como fortalecimento para o empresário do setor do entretenimento. “Atuamos diretamente na troca de ideias para buscar melhores práticas, com os grandes contribuindo com os pequenos; na reputação do setor e na articulação para que demandas sejam atendidas”, explica.
Como já tinha uma certa experiência nesse sentido, a Apasg foi uma das entidades que se destacaram durante a pandemia. No momento de apresentar defesas que justificassem a reabertura do setor, os parques ganharam força por terem uma entidade que os congregasse. “A entidade assumiu a negociação junto ao governo e teve suas conquistas”, reforça Rafael.
Passado o tempo de fechamento e com a retomada avançando rapidamente, a Apasg agora está focada em pelo menos dois grandes projetos. O primeiro deles é a expansão. O diretor executivo ressalta que é o momento de sair de Gramado e Canela e buscar novos associados. "Claro que ainda temos a maioria dessas duas cidades, porque foi onde começamos, mas já estamos nos Campos de Cima da Serra, com a Urbia, e na microrregião Uva e Vinho, com a Giordani”, detalha. Quando rompe esse limite da Região das Hortênsias, a Apasg reforça a crença do G30 de que a Serra Gaúcha, aos olhos dos turistas, é um lugar só. E assim como o trade ganha força trabalhando unido, os destinos também.
O segundo foco que está sendo trabalhado é a articulação pelo diferimento do ICMS para importação de máquinas e equipamentos para o setor de parques e resorts. Segundo Rafael, entre os associados, há a previsão de investimentos de R$ 145 milhões em máquinas e equipamentos nos próximos dois anos. “Da forma que é cobrado hoje, o ICMS vira custo. Temos exemplos de como funciona em outros lugares e estamos em contato com o Governo do Estado para garantir esse benefício”, destaca.
Questionado sobre como vê o segundo semestre deste ano e 2023 no turismo de entretenimento, Rafael afirma que a expectativa é bastante positiva. “Houve um retomada importante na confiança do empresário, os investimentos voltaram e ele está disposto a investir. Até por isso estamos buscando esse diferimento no ICMS”, destaca. O dólar alto segue sendo apontado como benéfico para o turismo doméstico e para que o Brasil seja um destino atrativo para os viajantes. “Vem muita novidade pela frente, então estamos esperando um 2023 brilhante para o setor de parques na Serra Gaúcha”. Que assim seja!
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